Uma maneira de se conseguir isso é trabalhar a Crônica, já que essa modalidade textual trabalha com assuntos do cotidiano, tem uma linguagem mais solta, e utiliza a narração, a descrição e a reflexão sobre o fato narrado.
Foi isso que se realizou em uma aula de Língua Portuguesa nas turmas do 2º ano do Ensino Médio, com a professora Nádia Scheeren, na qual foi solicitado aos alunos a produção de uma crônica com algum acontecimento na infância deles. O resultado foi muito positivo.
Nádia Scheeren
Graduada em Letras habilitação Português e Inglês;
Professora de Língua Portuguesa, Redação e Literatura;
Sala de Tecnologias Educacionais ;
Tutora presencial da Escola Técnica Aberta - E-tec
Infância
Quando criança gostava de assistir TV e de brincar de profissão. Adorava desenhos animados, era um mundo distante, mas quando via aqueles desenhos voando, pulando e correndo, fazendo tudo que vinha na cabeça. Era muito empolgante assistir, as cores e tamanhos, às vezes, me pegava pensando como seria se eu estivesse lá... Tanto que logo saía cantarolando e pulando de um lado para o outro, de forma totalmente descontrolada.
Já a profissão que eu mais gostava era ser juíza. Colocava uma túnica, pegava um martelo, e coitado de quem aparecia pela frente! Era logo condenado. Meus avós riam muito de mim, pois era inocente e não sabia o quão é difícil essa profissão.
Mas agora cresci. Já grande, vem a frustração de saber que o mundo não é tão empolgante como imaginava; os desenhos são apenas desenhos, de longe podem ser considerados uma realidade! Já a carreira de direito ainda está nos meus planos, mesmo sabendo que é muito difícil alcançar esse sonho, e que o mundo tem suas barreiras.
Não posso sair correndo, cantarolando e muito menos condenando as pessoas, porque o mundo não é apenas diversão. Hoje, já tenho 16 anos e estou no 2º ano do Ensino Médio, tenho decisões a tomar, a infância ficou pra trás junto com todas aquelas brincadeiras.
Tainara Duarte da Silva, 2º ano "C"
Parabéns, Tainara, pela sua produção!
Aos outros alunos, convidamos que se inspirem nesse texto e em outros tantos para produzirem outras crônicas.
Quem sabe temos escritores natos em nossa escola!!!!
POST. Prof Michele STE mat